sexta-feira, 4 de abril de 2008
Vidas passadas, imagens perdidas
"Sempre existiu censura, mas por um longo tempo ela permaneceu incoerente, ao sabor do capricho dos generais e dos chefes de Estado.A primeira proibição organizada da fotografia jornalística no front ocorreu durante a primeira Guerra Mundial; os altos-comandos da Alemanha e da França só permitiam a presença de uns poucos fotógrafos militares escolhidos, perto da zona de combate.(A censura à imprensa feita pelo Estado-Maior inglês era menos flexível). E foram necessários outros cinqüenta anos, e o relaxamento da censura durante a primeira guerra em que houve cobertura feita pela tevê, para compreender o impacto que fotos chocantes podiam produzir no público doméstico.Na era do Vietnã, a fotografia de guerra tornou-se, como norma, uma crítica à guerra.Isso estava fadado a ter conseqüências: os meios de comunicação dominantes não têm nenhum interesse em fazer as pessoas sentirem engulhos diante das lutas para as quais estão sendo mobilizadas, muito menos em disseminar propaganda contra a guerra."
Parágrafo fragmentado do livro: Diante Da Dor Dos Outros, de Susan Sontag
Post e Foto: Arthur Monteiro
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