terça-feira, 26 de junho de 2007

Caindo a Lua.





Entardecer na Urca. Quem abre a boca para falar que o Rio é uma cidade maravilhosa, já andou vendo essa cena por aqui... Não é sempre não.
Quando você se desliga de tudo e fica só olhando, os sentidos super apurados, um vento refrescante que toma o corpo.
O que a gente fotografa, o tempo ou os sentidos?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Amo sim, e daí?




É preciso muito amor, para se dedicar a algo com tanta Firmeza. Garanto por mim, Armando e Arthur, que não há nada maior no nosso mundo, que o amor que procuramos ter por nossas vidas...
E em nossas vidas tem fotografia, então: vida também por fotografia.
*
Se entregar, viver aquilo, respirar, ser alguém DA fotografia; quer dizer, não é aquilo por mim, sou eu por aquilo.
A gente tem que tomar decisões. Decidimos ser firmes, há muita bala no cartucho.
Somos acima de tudo muito orgulhosos, muito firmes e principalmente, muito amantes.
Da vida e da fotografia.

Quem quer viver para sempre?





Santa Teresa nos recebeu durante os dias da leitura de portfólio. Solar de Santa, reconfortante. Tinha mesmo que ser lá, para descansar a alma.
Inquieta nas paisagens, tudo parece piscar, chamar a atenção. É preciso estar tranqüilo, talvez seja assim porque parece realmente que lá o tempo não passa, o sol sempre brilha no sobrado mais velho, nos fios de luz (de luz não só na função, mas na sua própria existência), nas pedras da rua e na finitude.

A noite das Ruínas.



Vernissage de no Parque das Ruínas, em Santa Teresa (RJ). O de sempre, mas algo mais refinado. Uma vista estonteante do Rio de Janeiro.
É, uma vista fantástica que meu pobre celular não conseguia...

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Leitura de Portfólio Fotorio



Moída.

O Solar de Santa, onde ocorrem as leituras de portfólio do Fotorio, parece ter sido escolhido justamente para acalmar os corações. O meu - pelo menos - não se tranqüilizou muito, só depois de um sorvete com geléia de morango e nozes :)Todo mundo merece passar um dia nesse lugar lindo, com a baía de Guanabara ao fundo, pássaros, árvore, ventinho suave...
Encontrei muita gente - Luiz Braga, Márcio Lima, Juvenal Pereira (dia 28 de junho estará com exposição em Brasília), Grant Lee, Ricardo Labastier, Milton Guran, Fernando de Tacca, Iatã Cannabrava - vi muita foto boa e principalmente... Trabalhos prontinhos para serem levados para fora.

Qual é a função de uma leitura de portfólio? É apresentar um trabalho para um curador te orientar, ou é simplesmente uma vitrine "Pegue e pague"?
É mostrar um caminho ou comprar uma idéia?

Os dois valem.

Isabela Lyrio

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Rio, cidade desespero.


"Nesta cidade tao grande, parece natural morrer baleado às margens de um canal, num beco escuro ou na rua principal. Culiacán virou o inferno ou é sua sucursal"

Jesús, protegei os narcotraficantes.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Dona Marta, o atraso foi de 2 horas.


Duas horas no aeroporto.
Em Brasília, a gasolina tá mais cara. E o pôr do sol de ontem é incomparável à neblina escura do fim de tarde que esconde o Corcovado. Uma névoa que sublima a iluminaçao noturna, torna o Rio de Janeiro suave (posto que nao lhe pertence...).
O Rio é sem meias palavras.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Quando?


Na época da seca.
A poeira fina e vermelha levanta ao menor toque dos pés no chão. Já não se consegue respirar, o nariz seca. A pele descasca, fica branca. Um frio racha nossos dedos. Os olhos mal abrem e, não adianta, nenhum carro conseque ficar limpo por dois dias.

Brasília tem seus revezes. Pobre cidade marcada pela sina da corrupção e burocracia.
Tão bela no meio do cerrado, tão surpreendente com seus poentes...
Quisera todo brasileiro conhecesse minha terra, minha terra seca em julho, minha terra encharcada em janeiro. Minha terra do céu mais lindo e nostálgico desse mundo, e da poeira vermelha que agradeço existir sempre que vejo esse céu de inverno.

Isabela Lyrio

Finalmente



Começou.

Demorou tanto, muito medo, muito receio de se embolar no meio do caminho, de perder o foco (rs...). Houve uma certa pressão, mas por mais livres que sejamos, como humanos civilizados, temos que encontrar limites, senão a imaginação nunca se concretiza - vivemos sonho.
Difícil encontrar cabeças que funcionem bem juntas, pois estamos sempre trabalhando e vivendo sozinhos. É assim que grupos ficam anos unidos, por se despirem de muitas teimosias, muitos "eu".
Não sei até quando vai existir, mas tenho que ser romântica e pedir que seja eterno enquanto dure. Quero viver assim, a eternidade, e não o que já deixou de passar. O que é passado eu deixo para a fotografia contar história.