sábado, 30 de agosto de 2008
Fotografar a realidade é fotografar o nada.
(...) que idiota fui eu ao acreditar que seria tão fácil. Eu confundi as aparências de automóveis, árvores e pessoas com realidade e acreditei que uma fotografia dessas aparências seria necessariamente uma fotografia delas. É uma verdade melancólica o fato de que eu nunca serei capaz de fotografar as coisas da realidade e, portanto, só poderei falhar. Eu sou um reflexo fotografando outros reflexos com seus reflexos... Fotografar a realidade é fotografar o nada.
Duane Michals
sábado, 23 de agosto de 2008
O homem invisivel
O fotógrafo Henri Cartier-Bresson, um dos grandes mestres da fotografia, completaria cem anos se estivesse vivo.
Bresson nasceu em 22 de agosto de 1908 em Chanteloup, no departamento de Seine-et-Marne, apesar de ter sido concebido em Palermo, na Sicília, segundo biografia da Fundação Henri Cartier Bresson.
Desde muito cedo, o francês se interessou por artes, em especial pintura e certos aspectos do surrealismo. Ele estudou a arte com André Lhote.
Em 1931, Bresson tirou suas primeiras fotografias durante o período de um ano que viveu na Etiópia. Depois, retornou à Europa e expôs em Madri, Espanha, e em Nova York, nos Estados Unidos.
Bresson viaja ao México em 1933 em uma missão etnográfica. Depois ele viaja para os Estados Unidos e ingressa também no cinema.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Bresson foi preso pelos nazistas e participou da Resistência Francesa. Depois da guerra, o fotógrafo passou cerca de um ano nos Estados Unidos e, após este período, fundou com Robert Capa, David Seymour, William Vandivert e George Rodger a agência Magnum em 1947.
Em seguida, ele fotografou eventos como a morte de Gandhi, a China nos útimos meses do Kuomitang, o início da República Popular da China e a luta pela independência na Indonésia.
Bresson voltou à Europa em 1952, já reconhecido. Mas, não ficou por muito tempo sem viajar. Ele foi à Índia, China, Japão e União Soviética nos anos seguintes. Depois de 1974, ele se concentrou em desenhar e expor seus trabalhos.
Em 2000, estabeleceu a fundação que leva seu nome. O fotógrafo morreu em 2 de agosto de 2004, em Montjustin, em Provença, na França
Fonte: Folha Online
fotos: Henri Cartier-Bresson
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Pequim
A cidade é a mais fotografada do momento.
Leandro Taques e Hedeson Alves são dois brasileiros que encontrei numa rua cheia de barzinhos e estrangeiros. De longe, duas câmeras e duas bandeiras do Brasil...
O Leandro tem um blog massa...
http://blogdotaques.blogspot.com/
fotos: Leandro Taques
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Ação e Reflexão
A multifacetada produção atual de fotografias coloca em segundo plano a reflexão sobre a qualidade e diversas outras questões sobre o fazer fotográfico. Para motivar essa reflexão, um grupo de 40 fotógrafos realiza o projeto Por que eu fotografo?, que inicia com uma exposição, um debate interativo e uma intervenção urbana. São 46 fotografias acompanhadas de pequenos textos que respondem à pergunta: Por que eu fotografo? Veja as fotos e participe do debate, que é aberto a todos, profissionais, amadores e interessados.
Fotógrafos participantes:
Alain Barki
Alan Marques
Alan Santos
Alessandro Souza
Antonio Antunes
Armando Salmito
Arthur Monteiro
Breno Fortes
Carlos Aversa
Claudio Versiani
Duda Bentes
Ed Ferreira
Eraldo Peres
Fernando Croitor
Hélio Rocha
Henry Macario
Isabela Lyrio
Jefferson Rudy
Jorge Diehl
José Rosa
Josemar Gonçalves
Kazuo Okubo
Leonardo Amaral
Lourenço Cardoso
Luis Tajes
Luísa Molina
Miguel Angelo
Patrick Grosner
Ricardo Padue
Ricardo Reis
Rinaldo Morelli
Roberto Castello
Roberto Castro
Rose May Carneiro
Sérgio Fonseca
Susana Dobal
Usha Velasco
Wládia Drummond
Zuleika de Souza
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Todo mundo precisa de um céu azul
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
O fotógrafo
Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada minha aldeia estava morta
Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas.
Eu estava saindo de uma festa. Eram quase quatro da manhã.
Ia o Silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O Silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão.
Pilhei uma paisagem velha a desabar sobre uma paisagem.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim eu enxerguei a Nuvem de calça.
Representou para mim que ela andava na aldeia de braços com Maiakovski – seu criador.
Fotografei a Nuvem de calça e o poeta.
Nenhum outro poeta no mundo faria uma roupa mais justa para cobrir a sua noiva.
A foto saiu legal.
Manoel de Barros
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada minha aldeia estava morta
Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas.
Eu estava saindo de uma festa. Eram quase quatro da manhã.
Ia o Silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O Silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão.
Pilhei uma paisagem velha a desabar sobre uma paisagem.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim eu enxerguei a Nuvem de calça.
Representou para mim que ela andava na aldeia de braços com Maiakovski – seu criador.
Fotografei a Nuvem de calça e o poeta.
Nenhum outro poeta no mundo faria uma roupa mais justa para cobrir a sua noiva.
A foto saiu legal.
Manoel de Barros
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
A simplicidade de Popó
Edson Porto, conhecido no meio fotográfico como Popó, iniciou-se na fotografia trabalhando com audiovisual e posteriormente, com fotografia publicitária e foto-arte. Sua carreira floresceu quando se especializou em "meio-tom", revelando fotos de fotógrafos internacionalmente conhecidos como Pierre Verger e Walter Firmo. Atualmente, além de coordenar um dos principais laboratórios de Salvador na Casa da Photographia, vem desenvolvendo projetos autorais como, por exemplo "Detalhes da Ilha", "Nos Trilhos de Carajás" e "Vista dos Ilhéus", onde fotografa regiões do Norte do Brasil e do Sul da Bahia.
A convite de Armando Salmito apresentou seu trabalho para publicação em PUNCTUM, cópias belíssimas e trabalhadas por um raro especialista. Popó emprestou todas para digitalização em Brasília, atitude simples e comovente de um autor que trata a fotografia com a simplicidade de quem ama o trabalho e também de quem já viu muita coisa.
PUNCTUM agradece aos colegas fotógrafos Jutey da Cruz, Freitas Filho e Felix Gan de Salvador , João Nílton (Cidadão do Mundo) e Albert Ambelakiotis de brasília pela vivência enriquecedora.
O mestre ainda disse no final: "Digital é fotografia de mentira!" e ao ver uma leica M8 : "É... mas essa aí não é de mentira não."
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Vivendo imagens
Rinaldo Morelli - Azul
Usha Velasco - Uma outra Brasília
Henry Macário - O caminho de Cuba
Armando Salmito - Salvador
Claudio Versiani - Bsb 07
Isabela Lyrio - China
Arthur Monteiro - Restaurador de molduras - Bahia
Usha Velasco - Uma outra Brasília
Henry Macário - O caminho de Cuba
Armando Salmito - Salvador
Claudio Versiani - Bsb 07
Isabela Lyrio - China
Arthur Monteiro - Restaurador de molduras - Bahia
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