






Tem uma festa que acontece enquanto a festa está acontecendo. Gosto de colecionar instantes.


Festas populares são prato cheio pra fotógrafos.
São capazes de acordar às 4h da manhã pra registrar os preparativos, aproveitar a suave luz da alvorada, se meter no meio da procissão, só parar para almoçar quando o estômago ou a esposa já estão reclamando e continuar nessa maratona até que acabe a bateria. Da máquina. Aì o fotógrafo volta na pousada, recarrega e volta pra festa.
Perto de Brasília, na cidade de Pirenópolis (GO), todos os anos, a Festa do Divino e as tradicionais Cavalhadas atraem gente de todo o país. Fotógrafos de todos os estilos buscavam registrar a festa. Walter Firmo estava lá, malandro apontando a cor; teve maracatu, mascarados, alças de Nikons e Canons em dezenas de pescoços e também correia segurando latinhas para pinhole; teve Imperador dando coletiva, chapéus e rosquinhas de côco, idéias refrescando a cerveja e a Igreja Matriz registrada em todas as cores, ângulos e velocidades.
Na fotografia, não é só uma festa.
É quando o mundo fica à sua disposição.
Para um batalhão, pode ser só a oportunidade de disparar freneticamente na tentativa de encontrar alguma pérola no mundo dos gigas.
Para o fotógrafo, é um encontro íntimo.
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