quinta-feira, 31 de julho de 2008
A Projeção
Da esquerda para a direita, em pé: Arthur Monteiro,Beto Rocha e Rinaldo Morelli.
Em baixo: Armando Salmito, Claudinha, Maia Macário, Usha Velasco e Alessandro, e em primeiríssimo plano o anfitrião Henry Macário.
Fiquei empolgada ao ser convidada para uma projeção de fotografias com o Punctum. Esse é um programa muito gostoso: ver, comentar, ouvir as histórias das fotos, dar e receber retornos sobre essas nossas coleções de figurinhas.
Começamos com um banho de realidade aplicado por Arthur Monteiro: uma seleção do seu trabalho fotojornalístico na Tribuna do Brasil. Com direito a mortos estendidos no chão e tudo. Visões da periferia de Brasília, cenas das quais a maioria de nós passa distante. E belos retratos também, como não poderia deixar de ser.
Depois, Armando Salmito mostrou imagens (e músicas) de São Luís do Maranhão. Lindas fotos noturnas, lindas cores na festa do boi. Fiquei até com inveja, sempre quis ir lá. Viajar é bom demais... E voltar pra casa com fotos assim não tem preço.
Rinaldo Morelli mostrou um pouco de seu multifacetado trabalho. Festa do Reinado em Araújos (MG). Grafismos azuis e amarelos, com interferências digitais. Seqüências, um ensaio em andamento. Mais grafismos (é a especialidade da casa), dessa vez em cores variadas. E pequenos vídeos que ele tem montado com fotografias, o último dos quais nos matou de rir. Não dá pra explicar. Só vendo.
Em seguida foi a minha vez; mostrei uma edição de fotos em preto e branco, uma coisa meio soturna que tenho feito devagarzinho, com detalhes de lugares pouco nobres de Brasília.
Depois Beto Rocha nos deixou boquiabertos com sua belíssimas imagens da cidade, todas com aquela marca especial que ele imprime em suas fotos, resultado dos olhos especiais que Deus lhe deu. De quebra, ainda mostrou um trabalho bem gráfico, que lembra HQ, e que ele pretende veicular em gravuras e em camisetas.
Para encerrar, nosso anfitrião Henry Macario mostrou as figurinhas que trouxe de Cuba. Só coisa linda. Um país interessante, um povo interessante, cenários maravilhosos (aqueles carrões dos anos 50, aquelas fachadas em ruínas...) E a Claudinha contou as histórias da viagem, além de nos oferecer deliciosos morritos, drinks cubanos com rum e limão.
Bom demais, gente. Obrigada, e me convidem de novo na próxima vez...
Relato de Usha Velasco.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
Arte lúdica e leve
No dia 2 de julho Brasília comemorou os 90 anos de Athos Bulcão e em XX de agosto comemorará meio século de convivência com o artista.Nascido no Rio de Janeiro, Athos veio para cá em 1958, a convite de Oscar Niemeyer, para colocar sua marca na capital em construção.
Desde então, a obra de Athos se fundiu à cidade.Sua arte não se restringe aos freqüentadores de museus e galerias.Está à vista de todos os freqüentadores de museus e galerias, ao alcance de quem anda pela rua à pé, de carro, de ônibus.Alguns exemplos são a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, na 307/308 Sul; a fachada do Teatro Nacional; o colorido muro do hospital Sarah Kubitscheck, no Setor Comercial Sul; e os inúmeros painéis de azulejo espalhados pela cidade, em prédios de apartamentos, nas escolas-classe, em edifícios públicos e particulares.
Ver as obras de Athos faz parte dos privilégios de morar em Brasília.Elas foram feitas para conviver com a população.Expostas na rua, ajudam a educar o olhar; abrem espaço na nossa mente para a beleza, a harmonia, a integração dos opostos.Sua arte é lúdica e leve.Diz a lenda que ele desenhou os cubos da fachada do Teatro Nacional do tamanho certo para uma pessoa subir.Dizem também que, aos pedreiros que perguntavam de que forma instalar seus azulejos de desenhos abstratos, ele respondia: “ Do jeito que você quiser, meu filho.É para brincar.”
Arthur Monteiro
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Retratos do Vale
Uma comunidade religiosa de base espírita que foi fundada segundo as visões de uma mulher, Tia Neiva, , falecida há 21 anos, e que conta com uma clientela de milhares de adeptos e que já se expandiu por vários estados do país.Tia Neiva munida de imaginação religiosa fora do comum, obteve revelações em sua maioria derivadas do grande imaginário afro-brasileiro, do espiritismo e também do catolicismo popular.
José Jorge de Carvalho
Antrópólogo
Arthur Monteiro
Fotógrafo
O ensaio completo pode ser visto no Olho de Águia, espaço virtual do excelente fotógrafo e amigo Ivaldo Cavalcante.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Abram seus olhos
A natureza não é infinita, devemos usar seus recursos nos impondo limites, sempre.Reaproveitar o que o homem cria e a partir deles, não produzir mais lixo do que o planeta pode suportar, é possível e desejável, podendo resultar em algo surpreendente e instigante.
Mais questionamentos ambientais, tendo a fotografia como suporte em: sambaphoto
Arthur Monteiro
A China de Marc Riboud
Fotos: Marc Riboud
E se essa China nao for suficiente, mais no Magnum in Motion
http://inmotion.magnumphotos.com/essay/flipbookchina
domingo, 13 de julho de 2008
Móbile
Local: Galeria Rubem Valentim - Espaço Cultural Renato Russo - 508 Sul - Asa Sul
Data: Diariamente, das 9h às 21h
Entrada Franca
De: 08/07/2008
Até: 08/08/2008
Jóias do acervo do são expostas no Espaço Renato Russo (508 Sul)
Um tesouro de imagens de valor incalculável espalha-se hoje pelo Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul). São obras de criadores representativos da história da fotografia brasileira. Nomes como Mario Cravo Neto, Pierre Verger, Claudia Andujar, Miguel Rio Branco, Arthur Omar, Rosângela Rennó e Cristiano Nascaro ocupam a Galeria Rubem Valentim. "O Museu de Arte de Brasília (MAB) possui acervo representativo de grandes nomes. Muitos desses trabalhos não flertam apenas com a linguagem documental, mas também com experimentos A idéia é criar um diálogo entre essas duas tendências", destaca Bené Fontelles, que divide a curadoria da exposição A Fotografia no Acervo do MAB, com André Santangelo.
A mostra traz mais de 40 trabalhos em proposta, que faz parte do projeto MABmóbile, que já realizou mais de 14 exposições em Brasília, só com o acervo da instituição. "A fotografia nos dias atuais está bem representada, no limiar de sua expressão. O experimentalismo na área foi intenso nos últimos anos no exterior, repercutindo de forma considerável por aqui", comenta Bené Fonteles.
A exposição ganha destaque na Galeria Rubem Valentim, com visitação diária das 9h às 21h, até o dia 8 de agosto. O foco são as obras que têm íntima relação com o corpo humano. Segundo os curadores, a escolha foi meramente casual. "Quando a gente começou a selecionar as fotos, havia uma tendência para os trabalhos centrados em corpos, acho que era um tema recorrente entre os fotógrafos dessa época, já que não temos muitas fotos de paisagem", revela Fonteles. "De qualquer forma, a exposição estende a proposta do MABmóbile, que é dar visibilidade ao acervo do Museu de Arte de Brasília", ressalta.
Mais de 100 trabalhos iconográficos compõem o acervo do Museu de Arte de Brasília. O valor material desses trabalhos também desperta atenção. "Algumas obras custam uma fortuna, são bem valorizadas no mercado de fotografias", revela. Entre as obras apresentadas em A Fotografia no Acervo do MAB, merecem destaques os trabalhos do baiano Mario Cravo Neto e da suíça naturalizada brasileira Claudia Andujar. Formado pela Art Student League, sob orientação do artista plástico Jack Krueger (um dos precursores da arte conceitual), Cravo Neto especializou-se em técnica que consiste na interferência direta com o objeto fotografo. É de sua autoria um dos trabalhos mais impactantes da mostra, que traz o corpo de um homem negro salpicado de branco, com uma tartaruga como se fosse o seu rosto. O registro, sem título, é usado como material de divulgação do evento. "É uma foto impressionante, muito bonita, que realça essa proposta do Cravo, de esculpir com corpo seus trabalhos", destaca Fonteles.
Uma das fundadoras da comissão que deu origem à criação do Parque Yanomami, Claudia Andujar é destaque na mostra com dois trabalhos: Yanomami em Transe e Só Mesmo Yanomami. Os registros são de 1974. "Claudia Andujar é uma das grandes batalhadoras da causa indígena e seus trabalhos têm forte enfoque social", observa.
Integrante do acervo pessoal do curador, a foto Os Tocadores de Tambor, registro de 1947 do fotógrafo e etnólogo franco-brasileiro Pierre Verger, é a menina dos olhos da exposição. O material é um dos raros registros da mostra genuinamente documental. "É o trabalho mais antigo no nosso catálogo, custa no mercado uns R$ 20 mil", calcula Bené Fontelles.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Mapas Abertos
Prostitutas do bairro La Merced, Ciudad de Mexico - Maya Godad
Exploração de indígenas andinos, da equatoriana Lucia Chiriboga
Porto Príncipe, Haiti - Robert Stephenson
Che Guevara de feijão - Vik Muniz
Uma mostra dedicada à fotografia contemporânea da América Latina é destaque da Bienal de Fotografia da Bélgica, "L'Été de la Photographie" ("O Verão da Fotografia", em tradução livre), que até o final de setembro promove uma série de exposições em 29 centros culturais das principais cidades do país.
Para os quarenta artistas latino-americanos - procedentes do Brasil, Argentina, Cuba, Colômbia, Peru, Costa Rica, Venezuela, Guatemala e Equador -, a organização da Bienal selecionou o célebre Palácio de Belas Artes de Bruxelas (Bozar).
"É uma resposta ao crescente interesse que os europeus têm por conhecer essa região", justifica o curador, o espanhol Alejandro Castellote.
Com o nome de "Mapas Abertos", a mostra reúne duzentas obras realizadas entre 1991 e 2002, que refletem em imagens a cara e a alma da América Latina, um continente "impossível de ser delimitado geográfica ou culturalmente", Castellote afirma.
Por isso, em vez organizar a mostra de acordo com os países dos artistas, o curador optou por dividir a exposição em capítulos que mostram "os rituais de identidade", os "cenários" e as "histórias alternativas" do continente.
Mistura
A Marginal Pinheiros de uma série de dez fotografias do brasileiro Cássio Vasconcellos divide espaço com as prostitutas do bairro mexicano La Merced nas fotografias de Maya Godad.
Castellote também não se limitou à fotografia pura. As obras expostas misturam técnicas de colagem, manipulação digital, sobreposição e pintura, como na série "A Representação de Mulher Gorda Nua", da brasileira Fernanda Magalhães.
O curador afirma que sua idéia era reunir trabalhos irreverentes e fugir dos temas "habituais" da arte latino-americana, como "utopias políticas e a denúncia das misérias sociais", mas o militantismo é gritante em algumas obras selecionadas.
O brasileiro Vik Muniz expõe o retrato de um Che Guevara desenhado com feijão, o argentino Marcelo Brodsky protesta pelos ex-alunos do Colégio Nacional de Buenos Aires desaparecidos durante a ditadura militar e a fotógrafa e socióloga equatoriana Lucia Chiriboga denuncia a exploração de indígenas andinos.
"Mapas Abertos" fica em cartaz no Bozar até 21 de setembro.
fonte: UOL
Exploração de indígenas andinos, da equatoriana Lucia Chiriboga
Porto Príncipe, Haiti - Robert Stephenson
Che Guevara de feijão - Vik Muniz
Uma mostra dedicada à fotografia contemporânea da América Latina é destaque da Bienal de Fotografia da Bélgica, "L'Été de la Photographie" ("O Verão da Fotografia", em tradução livre), que até o final de setembro promove uma série de exposições em 29 centros culturais das principais cidades do país.
Para os quarenta artistas latino-americanos - procedentes do Brasil, Argentina, Cuba, Colômbia, Peru, Costa Rica, Venezuela, Guatemala e Equador -, a organização da Bienal selecionou o célebre Palácio de Belas Artes de Bruxelas (Bozar).
"É uma resposta ao crescente interesse que os europeus têm por conhecer essa região", justifica o curador, o espanhol Alejandro Castellote.
Com o nome de "Mapas Abertos", a mostra reúne duzentas obras realizadas entre 1991 e 2002, que refletem em imagens a cara e a alma da América Latina, um continente "impossível de ser delimitado geográfica ou culturalmente", Castellote afirma.
Por isso, em vez organizar a mostra de acordo com os países dos artistas, o curador optou por dividir a exposição em capítulos que mostram "os rituais de identidade", os "cenários" e as "histórias alternativas" do continente.
Mistura
A Marginal Pinheiros de uma série de dez fotografias do brasileiro Cássio Vasconcellos divide espaço com as prostitutas do bairro mexicano La Merced nas fotografias de Maya Godad.
Castellote também não se limitou à fotografia pura. As obras expostas misturam técnicas de colagem, manipulação digital, sobreposição e pintura, como na série "A Representação de Mulher Gorda Nua", da brasileira Fernanda Magalhães.
O curador afirma que sua idéia era reunir trabalhos irreverentes e fugir dos temas "habituais" da arte latino-americana, como "utopias políticas e a denúncia das misérias sociais", mas o militantismo é gritante em algumas obras selecionadas.
O brasileiro Vik Muniz expõe o retrato de um Che Guevara desenhado com feijão, o argentino Marcelo Brodsky protesta pelos ex-alunos do Colégio Nacional de Buenos Aires desaparecidos durante a ditadura militar e a fotógrafa e socióloga equatoriana Lucia Chiriboga denuncia a exploração de indígenas andinos.
"Mapas Abertos" fica em cartaz no Bozar até 21 de setembro.
fonte: UOL
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Porque fotógrafos fotografam?
No Pix Channel podemos ter algumas respostas.
Grandes fotógrafos falando um pouco de como fotografam.
Tudo em vídeo e em inglês. Vale demais a visita.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Ingrid
terça-feira, 1 de julho de 2008
Luz da Paz
Dona Ivone Lara
De um sorriso o mundo se abriu
Vi a luz da paz se propagar
Um silêncio nu falava em meu lugar
Coisas de fazer sonhar
Vi que o nosso sonho persistiu
Nem o tempo pode apagar
Não foi em vão aquela emoção
Que não canso de lembrar
Me de a mão e vamos caminhar
Juntos e recomeçar
Sonhar alimenta meu peito
Me dá forças pra continuar
A chaga que existe é o alento
Que me faz resistir demais
Sigo o tempo e vivo sorrindo a cantar
Tenho a chama da lembrança
A me contagiar
Renasce a esperança
Composição: Dona Ivone Lara/Bruno Castro
Foto: Isabela Lyrio
De um sorriso o mundo se abriu
Vi a luz da paz se propagar
Um silêncio nu falava em meu lugar
Coisas de fazer sonhar
Vi que o nosso sonho persistiu
Nem o tempo pode apagar
Não foi em vão aquela emoção
Que não canso de lembrar
Me de a mão e vamos caminhar
Juntos e recomeçar
Sonhar alimenta meu peito
Me dá forças pra continuar
A chaga que existe é o alento
Que me faz resistir demais
Sigo o tempo e vivo sorrindo a cantar
Tenho a chama da lembrança
A me contagiar
Renasce a esperança
Composição: Dona Ivone Lara/Bruno Castro
Foto: Isabela Lyrio
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